INFLAÇÃO DESCONTROLADA DA CESTA BÁSICA: EXPROPRIAR AS CORPORAÇÕES DE ALIMENTOS QUE NA PANDEMIA TRIPLICARAM LUCROS. PORÉM A ESQUERDA REFORMISTA DIZ QUE SÓ A COVID MATA, DE FOME NÃO MORRE MAIS NINGUÉM NO BRASIL!
O preço médio da cesta básica subiu descontroladamente em 15 capitais do Brasil. De março para abril, passou a custar mais de R$ 600 em pelo menos cinco capitais do país. As informações são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente em 17 cidades pelo “insuspeito” Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O conjunto de alimentos básicos para a alimentação de um adulto em um mês chegou a R$ 634,53 em Florianópolis que, dentre as cidades pesquisadas, teve em abril a cesta mais cara. Em São Paulo o valor chegou a R$ 632,61 e, em Porto Alegre, a R$ 626,11. O elevado nível inflacionário do preço dos alimentos representa na verdade um retorno financeiro que grandes grupos econômicos realizaram em mega redes de supermercados no período anterior a pandemia, como se tivessem uma “bola de cristal” para saber que os “serviços essenciais”, como alimentação e farmácias, iriam processar um gigantesco acúmulo de capital com o surgimento do coronavírus.
O trabalhador remunerado, que conseguiu manter-se empregado, com o piso mínimo nacional compromete em média 64% de seu salário para comprar os alimentos básicos somente para uma pessoa adulta. A realidade é mais perversa para os brasileiros que ficaram sem emprego e renda durante a pandemia.
Se coletarmos a inflação dos alimentos, eles subiram mais de 25% num espaço de um ano, mas com alguns alimentos elevando muito seu preço, que foi o caso do arroz, do feijão, do óleo de soja. Então, quando comparamos elementos muito essenciais da cesta básica dos trabalhadores em geral, os próprios R$ 250 do teto do atual auxílio emergencial”, não compram a mesma quantidade de alimentos que compravam há um ano. Isso é muito aquém da necessidade para manutenção de uma segurança mínima alimentar.
Comparando o custo da cesta de hoje com o de um ano atrás, o Dieese observou aumento de mais de 25% no preço do conjunto de alimentos básicos em algumas capitais neste um ano pandemia, período em que a renda, em movimento contrário ao da inflação de alimentos, despencou.
Com base nas análises de custo de vida, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para uma vida digna de uma família de quatro pessoas deveria ser equivalente a R$ 5.330,00, valor que corresponde a 4,85 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.100. Mas obviamente para a esquerda reformista isto não têm a menor importância, afinal no Brasil ninguém mais morre de fome, só de Covid! É o cúmulo do cretinismo eleitoral de uma esquerda reformista, que não enxerga mais absolutamente nada, a não ser a demagogia eleitoral da oposição burguesa para 2022.