domingo, 23 de maio de 2021

ESTADO OPERÁRIO CUBANO: 58 ANOS DE UMA MEDICINA INTERNACIONAL SOLIDÁRIA E NÃO MERCANTIL. VENCEU A PANDEMIA AINDA SEM A VACINA NACIONAL, MAS UTILIZANDO FÁRMACOS DE TRATAMENTO PRECOCE COMO A HIDROXICLOROQUINA

O Estado Operário Cubano comemora hoje o 58º aniversário do início oficial da cooperação médica internacional com outros territórios, momento em que estendeu seus serviços sanitários a quase um bilhão de pessoas, ou quase um terço da população mundial. Embora a solidariedade da ilha remonte a 1960, quando uma primeira brigada de médicos marchou ao Chile para ajudar as vítimas de um terremoto na cidade de Valdivia, no sul;  Somente em 1963 Havana enviou profissionais permanentes a outros países.

Nesse sentido, a primeira missão médica centrou-se na Argélia, fato datado de 23 de maio de 1963. Conforme especificado em publicação no site do Ministério de Relações Exteriores cubano, desde o triunfo da Revolução, em 1º de janeiro de 1959, a ilha operária manteve cooperação com nações dos cinco continentes.

Apesar das adversidades e das campanhas contra os trabalhadores da saúde, a contribuição de Cuba é mantida e desenvolvida, apoiada em um sistema de instituições, normas, princípios e valores, como informa o relatório “Cuba 58 anos salvando vidas para o mundo”. A solidariedade Internacionalista “nasce do consenso cidadão” e se fomenta “da sinergia entre os princípios da política externa, da colaboração solidária mundial e do sistema nacional de saúde”, enfatiza o texto.

Segundo dados do Ministério da Saúde Pública divulgados em fevereiro passado, em quase seis décadas 420 mil profissionais cubanos, presentes em 150 países, realizaram mais de 500 mil operações cirúrgicas, quatro milhões de partos e salvaram 80 milhões de vidas em todo o planeta. No auge daquele mês, no início da pandemia global cerca de 30 mil trabalhadores do setor prestavam atendimento em 66 nações, distribuídos em brigadas médicas permanentes e outras arregimentadas no contingente internacional de médicos “Henry Reeve” especializados em situações de desastres e epidemias graves.

Até agora, a nação caribenha que enfrenta um duro embargo econômico dos EUA, enviou cerca de 57 grupos da brigada “Henry Reeve” para contribuir na luta contra a pandemia Covid-19 em mais de 40 países.

O atual presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, escreveu em sua conta no Twitter: “Para onde outros levaram soldados, bombas, destruição e morte, nossas brigadas médicas trazem atenção, cuidado, remédios, saúde”. Mas o triunfo moral e científico de Cuba sobre a pandemia, também ocorreu no plano nacional. Embora o Estado Operário ainda não tenha finalizado a produção de sua vacina (Soberana) contra a Covid, atualmente na última fase de testes, na pandemia a ilha obteve as menores perdas de vidas humanas, cravando a menor taxa de óbitos por Covid em todo o continente Americano, e um dos menores de todo o mundo. A utilização de fármacos comprovados na profilaxia da virose, como a hidroxicloroquina, garantiram ao Estado Operário poupar milhares de vidas, sem ao menos sobrecarregar seu sistema público de saúde.