VITÓRIA PALESTINA: 200 MIL MARCHAM EM LONDRES DESAFIANDO O IMPERIALISMO, O SIONISMO, MAS TAMBÉM A OMS E A ESQUERDA REFORMISTA DO “ISOLAMENTO SOCIAL”
Londres foi palco do maior dos atos solidários ao povo palestino e sua resistência armada, o Hamas, neste último fim de semana. A fria capital inglesa reuniu cerca de 200,000 pessoas que marcharam vigorosamente nas ruas centrais da cidade. A mídia local considerou que este foi uma das maiores concentrações solidárias aos palestinos na história de Londres. O protesto aconteceu no sábado (22/05) logo depois do cessar-fogo que suspendeu 11 dias de intenso bombardeio israelense à Faixa de Gaza o que deixou 248 palestinos mortos dos quais 39 mulheres e 66 crianças. O cessar-fogo entre o enclave sionista e o Hamas, foi produto de uma vitória parcial da resistência palestina no campo político, porém não resolverá o conflito social e militar permanente, que ressurgirá muito em breve, na forma de um novo confronto direto entre as duas forças: a revolução palestina versus a reação sionista.
Em declaração e frente única conjunta, os organizadores do
ato em Londres observam que “os palestinos da Cisjordânia e de Jerusalém
enfrentam uma ocupação militar brutal, incluindo restrições de movimento,
demolição de casas e imposição de lei marcial sobre a população civil. A
limpeza étnica por parte de Israel não pode continuar. Nós não podemos parar só
porque Israel suspendeu temporariamente seu bombardeio a Gaza. Temos que fazer
campanha, protestar, até que o povo palestino conquiste seus direitos inalienáveis:
liberdade, justiça e igualdade em sua pátria histórica”, diz o documento dos
manifestantes. Entoando “Palestina Livre” os manifestantes marcharam do Largo
Victoria ao Hyde Park.
Membros do movimento “Ação Palestina” ocuparam o telhado e a
entrada de uma fábrica que produz armas para Israel, interrompendo a produção
por três dias. Eles denunciam que a fábrica UAV Tactical Systems produz peças
de drones usados no bombardeio recente a Gaza. Além de 80 atos solidários aos
palestinos por toda a Inglaterra, de Paris a Dublin, passando por Sidney e Nova
Iorque, incluindo Karachi (Paquistão) e Bolonha (Itália), atos por todo o mundo
aconteceram no último fim de semana onde o destaque das denúncias foi que
apenas 12 horas após o cessar- fogo houve novo ataque aos manifestantes diante
da mesquita Al Aqsa em Jerusalém. O movimento de massass da Inglaterra deu uma
demonstração cabal que somente a ação direta poderá conduzir a vitória sobre os
opressores que detém o capital e o Estado burguês. A multitudinária marcha
londrina foi um duro golpe contra o imperialismo britânico, o sionismo
genocida, mas também contra a OMS e seu apêndice da esquerda reformista do
“fique em casa”...