quarta-feira, 26 de maio de 2021

HOMICÍDIOS, PRISÕES ARBITRÁRIAS E LESÕES OCULARES: OS NÚMEROS ATUALIZADOS DO TERROR NEOFASCISTA NO 27 DIA DA GREVE GERAL NA COLÔMBIA

Desde o dia 28 de abril passado, quando começou a greve nacional na Colômbia, mais de 3.500 casos de violência policial foram registrados em protestos do movimento de massas que geraram uma grave crise política para o governo neofascista de Iván Duque. É o que nos informa “Temblores” organização de direitos humanos que tem concentrado as denúncias que não param de ocorrer, visto que as forças de repressão estatal continuam a massacrar os milhares de manifestantes que tomam as ruas diariamente para exigir a derrubada do regime político uribista no país. De acordo com os relatos, quase um mês após o início da greve, 955 pessoas foram vítimas de violência física, 22 de violência sexual e cinco de violência de gênero. Um fato trágico a destacar é que, assim como aconteceu nos protestos no Chile em 2019, na Colômbia há relatos de que a polícia está atirando diretamente nos olhos dos manifestantes. Até agora, 56 graves lesões oculares foram confirmados, de acordo com a referida ONG.

Também foram registrados 63 homicídios, cometidos criminosamente por membros das Forças de Segurança do governo neofascista. O número de mortos relatado pela organização de direitos humanos coincide com o publicado pela própria Procuradoria-Geral da República em seu último relatório, divulgado na segunda-feira passada. O Ministério Público também informa sobre a “descoberta” de 290 pessoas que haviam sido declaradas desaparecidas e continua a busca por outras 129, que muito provavelmente já estejam mortas.

Em seu relatório, “Temblores” alertou que, apesar dos múltiplos alarmes disparados pela mídia, movimentos de esquerda, organizações sociais e de direitos humanos, tanto nacionais quanto internacionais, persistem a brutal repressão e a desmedida violência policial. A tarefa que se coloca para o movimento de massas agora neste momento de ascensão da greve nacional, é a organização de comitês armados de defesa do proletariado colombiano, única alternativa para preparar a derrubada do governo assassino, na perspectiva da construção de uma alternativa revolucionária de poder.