“CÚPULA MUNDIAL DA SAÚDE DO G20”: GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL
FINANCEIRO AVANÇA NA IMPOSIÇÃO DE SUA DITADURA SANITÁRIA
Foi encerrada ontem (21.05), em Roma, a Cúpula Mundial da Saúde do G-20. O documento, denominado Declaração de Roma, em menção à sede do encontro, defende a ampliação do terror sanitário imposto pela governança global do capital financeiro, concentrando os esforços conjuntos dos países imperialistas e do setor privado para incrementar métodos de controle sobre a população como como vacinas, testes, barreiras sanitárias, passaporte digital. Não houve menção sobre a suspensão temporária de patentes de vacinas contra a covid-19 mas sim decidido que irão ocorrer “doações” pelos grandes laboratórios. Ironicamente, o documento lista princípios e compromisso de ação conjunta das nações ricas na pandemia, tendo como eixo central a promoção de um comércio global aberto sem barreiras protecionistas ou soberania nacional, obviamente incluindo medicamentos, insumos e equipamentos médicos controlados pela Big Phama.
Por sua vez, a cúpula do G-20 coloca os estados nacionais completamente
refém dos rentistas. O aporte de recursos nessas ações deve ser apoiado pela
criação de mecanismos de financiamento específicos para elas, que deem conta de
garantir o custeio no longo prazo tanto da pandemias quanto de rápidas medidas para as doenças ligadas a Covid-19.
Os Estados nacionais, inclusive os governados pela extrema direita neoliberal, foram forçados no último ano a implantar programas de renda mínima, assim como destinarem bilhões e bilhões de dólares na aquisição de equipamentos de medicina e montagem de hospitais de campanha (muitos dos quais não recebeu um único paciente) especialmente para o tratamento da Covid.
O encontro contou com o suporte dos maiores rentistas do planeta, cujo projeto de reestruturação produtiva consiste
em frear parte da atividade econômica industrial em todo o mundo, para
favorecer a especulação financeira, com a forte redução do contingente da
classe operária pela via da introdução do trabalho remoto e de novas
tecnologias da transmissão de dados e informações.
Na reunião de Roma foram anunciadas “doações” (venda a suposto preço de custo ou entrega de refugo) para facilitar negócios estratégicos e controles geopolíticos. Em entrevista ao fim do encontro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, informou que o consórcio Pfizer/BioNTech pretende doar um bilhão de doses para países de rendas média e baixa, a Johnson&Johnson 200 milhões e a Moderna, 100 milhões.
Desta forma, como esses "brindes", se facilita os contratos bilionários com os governos servis a Big Pharma, que seguem as ordens da OMS e pavimentam o caminho de sua ditadura sanitária pelo planeta, eliminando gerentes inconvenientes “negacionistas” como Trump, como Trump e em breve Bolsonaro.
A base dessa "pilantropia" é que em 30 de setembro de 2020, a Fundação Bill
& Melinda Gates assinou um acordo com todas as Big Pharma mais importantes
do mundo em resposta à pandemia, estabelecendo o compromisso das multinacionais
farmacêuticas em fornecer doses de vacinas como brindes, aquelas com problemas
de produção e, portanto, não certificadas pelo FDA (Food and Drug Association),
como aconteceu para AstraZeneca e Johnson & Johnson devido à contaminação na
fábrica em Baltimore (Maryland, EUA), ou lotes da Pfizer com falhas de RNA
mensageiro.
Não por acaso, na mesma entrevista, a presidente da Comissão Europeia afirmou que a Declaração de Roma é um “recado contra nacionalismos”. “Cadeias de oferta devem estar abertas”, disse.
Há elementos mais reveadores sugeridas por trás da
Cúpula de Saúde Global em Roma, que parece ser a síntese semântica de duas
outras iniciativas bem conhecidas: a Agenda de Segurança de Saúde
Global e a Cúpula Global de
Vacinação, realizada em a Comissão Europeia de Bruxelas em 12 de setembro de
2019, algumas semanas antes da descoberta da pandemia SARS-Cov-2. Essas duas iniciativas colocam a humanidade sobre o controle da governaça global do capital financeiro que usa a pandemia para impor uma nova ordem mundial do capital financeiro.
Como vemos, a Cúpula de Saúde do G20 em Roma mostrou categoricamente que estamos em um novo estágio na evolução do capitalismo global. Um sistema de "governança mundial" controlado por poderosos interesses financeiros, incluindo fundações corporativas e grupos de pressão em Washington, que supervisionam a tomada de decisões em nível nacional e global. Os governos nacionais, inclusive os imperialistas, estão subordinados a esta “governança global” que usa a pandemia como pretexto para impor seu plano de dominação mundial.