segunda-feira, 31 de maio de 2021

ADIVINHEM QUEM SÃO OS NOVOS BILIONÁRIOS DA PANDEMIA: O CORONAVÍRUS NÃO FOI UM “ACIDENTE NATUREZA”, MAS SIM UMA NOVA FONTE DE ACUMULAÇÃO PARA OS RENTISTAS

Existem nove novos bilionários (trilionários em moedas periféricas) no mundo. Adivinhem  que esses capitalistas fazem? Nada menos do que negociar com a saúde da humanidade, são CEOs e acionistas das principais das grandes corporações farmacêuticas e laboratórios produtores de vacinas contra Covid-19. A lista, publicada recentemente na revista Forbes, é chefiada pelos CEOs da americana Moderna e da alemã BioNTech, seguidos por acionistas e investidores da CanSino, uma das empresas chinesas integradas no mercado global de vacinas. A People's Vaccine Alliance, que reúne organizações multilaterais e trustes financeiros internacionais (como a Fundação Gates, Oxfam e Anistia Internacional) publicou um comunicado onde aponta que com a acumulação patrimonial desses nove capitalistas, cerca de US$ 19,3 bilhões, seria possível vacinar toda a população da África Subsaariana, cerca de 780 milhões de pessoas.  Uma comparação clara que estabeleceu o nível da criminalidade do manejo capitalista da pandemia, que de “acidente natural” não tem nada.

Deve-se registar também que a maior parte dos lucros gerados à custa das vacinas está vinculada ao setor do rentismo financeiro. Os grandes especuladores sempre estiveram envolvidos na perversa rede das empresas farmacêuticas e, com a pandemia, apostaram tudo para que isso se tornasse um novo negócio para eles. Assim, fundos de investimento e bilionários estão vendo sua riqueza crescer com o endividamento público de Estados e nações em todo o planeta.

Esses capitalistas, que fazem megas fortunas com o negócio da saúde ou com golpes financeiros, são cretinos com o discurso meritocrático de terem assumido "riscos de investimento" para legitimar seus lucros, enquanto a pandemia continua atingindo o mundo. É sabido que, desde o início da pandemia, os Estados nacionais concederam subsídios e pesados ​​investimentos aos laboratórios que faziam pesquisas para a criação de vacinas contra a Covid-19. E agora decuplicaram as dívidas públicas com a assinatura de contratos extorsivos de compra das vacinas da Big Pharma.

Somente a empresa BioNTech recebeu US$397 milhões do governo alemão e estima-se que a Moderna tenha sido financiada quase 90% por órgãos públicos dos Estados Unidos.  Ambas as empresas lideram os números de crescimento no mercado de ações e lucros, até mesmo seus CEOs(gerentes)se tornam bilionários;  tudo graças ao dinheiro do contribuinte e à privatização de um bem essencial para a humanidade, a saúde.

Um recente relatório do governo dos EUA afirma que a empresa de biotecnologia Moderna não possuía patentes aprovadas antes da vacina para a Covid-19 que produz, e desde sua entrada na corrida por vacinas tem sido uma das que mais cresceu no mercado financeiro com suas ações crescendo 700% no ano passado. Há também os casos da Pfizer e da Johnson & Johnson, que passavam por um período de estagnação da bolsa com outros laboratórios e ainda neste ano enfrentaram o vencimento das patentes de alguns de seus produtos, o que fragilizou sua condição financeira até as reformas. No entanto, a produção de vacinas foi um salva-vidas para a movimentação de seus estoques e hoje são consideradas algumas das mais rentáveis ​​do mercado financeiro farmacêutico.

Embora pareça, não estamos descrevendo uma futura realidade distópica, mas o mundo sob a lógica capitalista, onde saúde e vida passam pelo filtro do mercado e que o lucro se apresenta como “sagrado”.  Enquanto isso, as empresas farmacêuticas se refugiam na caridade por meio do mesquinho programa Covax ou por meio de propostas como a venda de doses a preço de custo para países de "baixa renda".