quinta-feira, 6 de maio de 2021

LUCRO DO ITAÚ SOBE 18,7% E ATINGE R$ 6,4 BILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021: ALGUÉM ACREDITA QUE OS RENTISTAS DA FAMIGLIA SETÚBAL QUEREM O FIM DA PANDEMIA?

O Itaú obteve lucro líquido recorrente de R$ 6,398 bilhões no primeiro trimestre, o que representa alta de 63,5% na comparação com o mesmo período do ano passado e avanço de 18,7% ante o trimestre imediatamente anterior. O veio resultado veio acima das projeções dos analistas do “mercado”, que apontavam um ganho de R$ 5,824 bilhões. O lucro contábil do Itaú ficou em R$ 5,414 bilhões entre janeiro e março, com alta de 59,2% ante igual intervalo de 2020 e queda de 29,7% na margem. Foram fechadas 115 agências do Itaú no Brasil, em doze meses de pandemia. Neste mesmo período, a receita do banco com prestação de serviços e tarifas bancárias chegou a R$ 10 bilhões, valor 59,8% maior do que as despesas que o banco teve nos 12 meses com seus funcionários (R$ 6,2 bilhões), que trabalharam para que o banco obtivesse a receita de R$ 10 bi. Os rentistas que lucraram exponencialmente com pandemia não querem o seu fim como desejam nos fazer a grande mídia que os apresentam como “defensores da vida e da ciência” e o seu cínico manifesto encabeçado pela Famíglia Setúbal!

Lembremos que em abril houve o lançamento do manifesto dos maiores rentistas do país, tendo à frente a Famiglia Setubal do Itaú, que foi enviado aos chefes dos três poderes pedindo “Isolamento Social”, compra de vacinas e a decretação de lockdown por um longo período. Entre os “defensores da vida e da ciência” estavam os signatários: Pedro Malan, Maílson da Nóbrega, Arminio Fraga, Ilan Goldfajn, José Olympio Pereira e Pedro Moreira Salles, além do “cabeça”do grupo Roberto Setúbal do grupo Itaú. Empresários como Pedro Passos, da Natura, e Horacio Lafer Piva, da Klabin, também aderiram ao “texto sanitário” do rentismo brasileiro.

Apesar das lamúrias midiáticas, o banco contabilizou margem gerencial financeira de R$ 18,634 bilhões no primeiro trimestre, com alta de 6% ante o trimestre anterior e de 4,7% em relação ao primeiro trimestre de 2020. As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 9,566 bilhões, com queda de 2,9% no trimestre e alta de 0,5% no ano. Já as despesas gerais totalizaram R$ 12,466 bilhões, com baixa de 6,6% no trimestre e alta de 3,2% no ano.

O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 18,5% no primeiro trimestre, ante 16,1% no quarto trimestre e 12,8% no primeiro trimestre do ano. O Itaú encerrou março com R$ 906,4 bilhões na carteira de crédito expandida. O saldo aumentou 4,2% ao longo do primeiro trimestre e cresceu 15,0% na comparação com março do ano passado.

A carteira de pessoa física ficou em R$ 260,4 bilhões, com alta de 2,2% no trimestre e de 9,9% no ano. Em pessoa jurídica, chegou a R$ 256,3 bilhões, com expansão de 1,0% e 15,8%, respectivamente. E no restante da América Latina, R$ 221,1 bilhões, com aumento de 9,5% e 21,9%. Há ainda R$ 75 bilhões em garantias financeiras e R$ 93,4 bilhões em títulos privados.

Cinicamente, ao classificar a situação social como “desoladora”, os rentistas como os donos do Itáu alertaram para a “perspectiva de agravamento das condições econômicas do país” mas estão na verdade comemorando seus lucros recordes na pandemia. 

Afirmaram que a piora não se dá por ausência de recursos, mas pela falta de prioridade à vacinação. Pedem e detalham alternativas em quatro pontos: “aceleração do ritmo de vacinação; incentivo ao uso e distribuição de máscaras; implementação de medidas de distanciamento social”.

Eles também defendem, por uma questão de coerência do capital é claro, a promoção do Grande Reset. Sobre a defesa da adoção do lockdown, os banqueiros citam a experiência de outros países, como o Reino Unido, que adotaram a medida com o agravamento da pandemia. 

São os vampiros do capital financeiro fazendo apologia da “quebradeira” dos pequenos e médios empresários, utilizando a criminosa política do lockdown como justificativa sanitária. O Grande Reset da economia capitalista tem exatamente este objetivo, como definiu cinicamente a última resolução do Forum de Davos: “Eliminar os últimos resquícios da economia feudal (pré-capitalista) do panorama econômico mundial”.

Os domesticados idiotas da esquerda reformista, PT, PCdoB, PSOL e PSTU saudaram a iniciativa do Manifesto Rentista como um “avanço civilizatório” dos banqueiros, apontando na construção da Frente Ampla de oposição ao “negacionista” Bolsonaro. Dizem os apologistas da colaboração de classes com a burguesia financeira, que o setor está “sensibilizado com as mortes da Covid e que a pandemia prejudicaria seus lucros”, o que vemos com o balanço financeiro do Itaú que é uma grande mentira.

São tão estúpidos estes cretinos reformistas em seus argumentos em defesa do Isolamento Social, que sequer conseguem enxergar que segmento está decuplicando seus lucros com a pandemia: exatamente o capital especulativo (cassino das Bolsas) e as grandes corporações financeiras! 

O interesse desses assassinos do “Deus Mercado” é justamente propor medidas para prolongar a pandemia ao máximo e não ao contrário!