200 PALESTINOS FERIDOS EM CONFRONTOS COM TROPAS ISRAELENSES: POR UMA NOVA INTIFADA PARA RECUPERAR JERUSALÉM E TODO O TERRITÓRIO HISTÓRICO DA PALESTINA OCUPADA!
O número de palestinos feridos em confrontos com policiais israelenses em Jerusalém Oriental aumentou para 205, informou hoje a organização humanitária Crescente Vermelho. Os planos de despejo no bairro disputado de Sheikh Jarrah levaram a violentos confrontos em Jerusalém Oriental. Os confrontos começaram depois que os militares israelenses atacaram palestinos em frente às casas de onde o tribunal ordenou o despejo de 28 famílias. Palestinos reagiram enquanto a polícia israelense atirou granadas de atordoamento durante confrontos no complexo que abriga a Mesquita de Al-Aqsa, em meio à tensão sobre o possível despejo de várias famílias palestinas de suas casas.
Em 1956, o governo jordaniano, junto com a Agência das
Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla
em inglês), decidiu assentar 28 famílias no bairro. No entanto, as autoridades
não deram a essas famílias os títulos de propriedade. Em 29 de novembro de
1947, a resolução 181 da ONU de criação do encalve sionista em terras
palestinas situava provisoriamente a cidade sob administração internacional.
Mas logo a parte ocidental foi ocupada por Israel, e depois da Guerra dos Seis
Dias, em junho de 1967, também o lado oriental tudo com o aval do imperialismo
ianque. A recém-fundada Organizações das Nações Unidas, substituta da antiga
Liga da Nações, através da iniciativa dos Estados Unidos, e com o apoio
entusiástico da URSS, decreta em 1947 a divisão definitiva da Palestina entre
um Estado judeu e outro árabe palestino.
O stalinismo, após os acordos de Yalta, deixará o Oriente
como uma área de influência do imperialismo ianque, além da consideração do
sionismo, em sua versão trabalhista como um aliado político, com o qual
desenvolverá uma frente popular em Israel. O velho Partido Comunista palestino
logo mudará seu nome para israelense por considerar as massas árabes e
palestinas como atrasadas e feudais. Antes mesmo da oficialização do Estado de
Israel, as tropas do Irgun retomam os massacres aos palestinos, como a chacina
da aldeia de “Deir Yassin”. Era o prenúncio do terrorismo sionista que irá
assolar o povo palestino até hoje.
Desde então os sionistas têm incrementado o número de
ameaças em locais religiosos não-judaicos e intensificado o plano de
“judaização” da Jerusalém Oriental, aumentando a construção de colonatos e
expulsando os palestinos de suas casas, que são muitas vezes demolidas.
O fim dos constantes massacres do povo palestino, assim como
a realização da sua justa aspiração nacional para a constituição de uma
verdadeira pátria, não passa, como já dissemos, pelos reacionários “acordos de
paz” e a criação de um protetorado palestino sob as botas do Estado terrorista
de Israel.
Para os Marxistas Revolucionários, a caracterização de
Israel como um enclave do imperialismo estabelecido contra a luta das massas
árabes do Oriente Médio é fundamental para defendermos a sua destruição, como
parte de um programa revolucionário para os trabalhadores palestinos. A
essência de todos os conflitos militares travados na região reside na própria
arena da luta de classes internacional, sendo a existência de Israel, um
enclave militar artificialmente implantado no coração do Oriente, fundamental
na repressão dos interesses do imperialismo mundial em uma região estratégica,
pelas reservas petrolíferas, para o funcionamento da economia capitalista no
planeta.
É uma tarefa do conjunto do proletariado de todo mundo,
inclusive o judeu, a destruição deste gerdame imperialista, no sentido de
impulsionar enormemente a luta dos povos contra a exploração capitalista. As
ilusões que poderiam ser despertadas com a farsa dos acordos de paz, sobre os setores
da população mais castigados e céticos por longos anos de sofrimento, se
desfizeram antes mesmo de alcançarem alguma envergadura.
A única alternativa que poderá dar uma resolução cabal à
legítima reivindicação nacional do povo palestino, assim como livrar as massas
e trabalhadores da região de seus gigantescos sofrimentos ao longo de vários
séculos, é a defesa de uma Palestina Soviética baseada em conselhos de
operários e camponeses palestinos e judeus. A expropriação do grande capital
sionista, alimentado em décadas pelo imperialismo ianque, impossível de ser
conquistada sem a destruição do Estado de Israel, garantirá a reconstrução da
Palestina sob novas bases, trazendo para seu povo o progresso e a paz tão
almejada durante décadas de guerra de rapinagem imperialista na região.