sábado, 8 de maio de 2021

200 PALESTINOS FERIDOS EM CONFRONTOS COM TROPAS ISRAELENSES: POR UMA NOVA INTIFADA PARA RECUPERAR JERUSALÉM E TODO O TERRITÓRIO HISTÓRICO DA PALESTINA OCUPADA!

O número de palestinos feridos em confrontos com policiais israelenses em Jerusalém Oriental aumentou para 205, informou hoje a organização humanitária Crescente Vermelho. Os planos de despejo no bairro disputado de Sheikh Jarrah levaram a violentos confrontos em Jerusalém Oriental. Os confrontos começaram depois que os militares israelenses atacaram palestinos em frente às casas de onde o tribunal ordenou o despejo de 28 famílias. Palestinos reagiram enquanto a polícia israelense atirou granadas de atordoamento durante confrontos no complexo que abriga a Mesquita de Al-Aqsa, em meio à tensão sobre o possível despejo de várias famílias palestinas de suas casas.

Em 1956, o governo jordaniano, junto com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês), decidiu assentar 28 famílias no bairro. No entanto, as autoridades não deram a essas famílias os títulos de propriedade. Em 29 de novembro de 1947, a resolução 181 da ONU de criação do encalve sionista em terras palestinas situava provisoriamente a cidade sob administração internacional. Mas logo a parte ocidental foi ocupada por Israel, e depois da Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, também o lado oriental tudo com o aval do imperialismo ianque. A recém-fundada Organizações das Nações Unidas, substituta da antiga Liga da Nações, através da iniciativa dos Estados Unidos, e com o apoio entusiástico da URSS, decreta em 1947 a divisão definitiva da Palestina entre um Estado judeu e outro árabe palestino.

O stalinismo, após os acordos de Yalta, deixará o Oriente como uma área de influência do imperialismo ianque, além da consideração do sionismo, em sua versão trabalhista como um aliado político, com o qual desenvolverá uma frente popular em Israel. O velho Partido Comunista palestino logo mudará seu nome para israelense por considerar as massas árabes e palestinas como atrasadas e feudais. Antes mesmo da oficialização do Estado de Israel, as tropas do Irgun retomam os massacres aos palestinos, como a chacina da aldeia de “Deir Yassin”. Era o prenúncio do terrorismo sionista que irá assolar o povo palestino até hoje.

Desde então os sionistas têm incrementado o número de ameaças em locais religiosos não-judaicos e intensificado o plano de “judaização” da Jerusalém Oriental, aumentando a construção de colonatos e expulsando os palestinos de suas casas, que são muitas vezes demolidas.

O fim dos constantes massacres do povo palestino, assim como a realização da sua justa aspiração nacional para a constituição de uma verdadeira pátria, não passa, como já dissemos, pelos reacionários “acordos de paz” e a criação de um protetorado palestino sob as botas do Estado terrorista de Israel.

Para os Marxistas Revolucionários, a caracterização de Israel como um enclave do imperialismo estabelecido contra a luta das massas árabes do Oriente Médio é fundamental para defendermos a sua destruição, como parte de um programa revolucionário para os trabalhadores palestinos. A essência de todos os conflitos militares travados na região reside na própria arena da luta de classes internacional, sendo a existência de Israel, um enclave militar artificialmente implantado no coração do Oriente, fundamental na repressão dos interesses do imperialismo mundial em uma região estratégica, pelas reservas petrolíferas, para o funcionamento da economia capitalista no planeta.

É uma tarefa do conjunto do proletariado de todo mundo, inclusive o judeu, a destruição deste gerdame imperialista, no sentido de impulsionar enormemente a luta dos povos contra a exploração capitalista. As ilusões que poderiam ser despertadas com a farsa dos acordos de paz, sobre os setores da população mais castigados e céticos por longos anos de sofrimento, se desfizeram antes mesmo de alcançarem alguma envergadura.

A única alternativa que poderá dar uma resolução cabal à legítima reivindicação nacional do povo palestino, assim como livrar as massas e trabalhadores da região de seus gigantescos sofrimentos ao longo de vários séculos, é a defesa de uma Palestina Soviética baseada em conselhos de operários e camponeses palestinos e judeus. A expropriação do grande capital sionista, alimentado em décadas pelo imperialismo ianque, impossível de ser conquistada sem a destruição do Estado de Israel, garantirá a reconstrução da Palestina sob novas bases, trazendo para seu povo o progresso e a paz tão almejada durante décadas de guerra de rapinagem imperialista na região.