EXPLOSÃO DE PETROQUÍMICA NO IRÃ: MAIS UM ATO DE SABOTAGEM DE ISRAEL E DO IMPERIALISMO IANQUE
Neste domingo (02.05), uma explosão e um incêndio atingiram uma fábrica petroquímica na cidade industrial de Shokuhieh, na província iraniana de Qom, onde ao menos seis pessoas ficaram feridas entre bombeiros e trabalhadores da fábrica. De acordo com relatos, aproximadamente 150 bombeiros e 20 veículos foram enviados para conter o incêndio no local. Dois dos caminhões dos bombeiros ficaram destruídos após serem atingidos durante os trabalhos. Um porta-voz do Corpo de Bombeiros afirmou à agência de notícias Fars que o incêndio foi controlado antes de atingir os tanques de combustível próximos ao local, o que poderia resultar em um "acidente muito grande".
Desde o final de junho de 2020, o Irã está enfrentando uma série de explosões e incêndios em suas instalações militares, nucleares e industriais. Diante do terrorismo de estado ianque e da oposição "made in CIA" que patrocina dizemos que cabe lutar em frente única com as forças do regime para derrotar o imperialismo e seus agentes internos, forjando nesta trincheira de luta as condições para construir um partido revolucionário e internacionalista capaz de agrupar o melhor da vanguarda para, depois de derrotada a ofensiva imperialista, marchar contra o regime burguês islâmico e reacionário que mantém intocável o modo de produção capitalista.
Seguindo o legado de Trotsky e particularmente seus
ensinamentos quando esteve exilado no México no final dos anos 30 sob o governo
de Cuauhtémoc Cárdenas, a LBI honra neste momento o “velho” que soube de forma
principista “andar sob o fio da navalha” ao denunciar a ofensiva reacionária da
direita e do imperialismo, chamando a derrotá-la enquanto se delimitava
programaticamente com o nacionalismo burguês mexicano. Trotsky presenciou
diretamente nos últimos anos de sua vida várias manifestações “populares”
reacionárias contra as nacionalizações feitas pelo governo burguês do general
Cárdenas. Na época, a oposição pró-imperialista afirmava que Cárdenas era um
“ditador”, a mesma cantilena que usaram contra Kadaffi, Maduro, Assad e mesmo
os Aiatolás. Ainda assim o dirigente bolchevique se recusou a embarcar pela
vereda fácil do falso radicalismo “ortodoxo”, sendo torpemente acusado de ter
se “vendido” a Cárdenas, inclusive por dirigentes da própria Quarta
Internacional.
Fazendo um paralelo histórico, é a essa encruzilhada dramática
que está submetido o Irã hoje. Nesse combate, os trotskistas da LBI, sem
alimentar falsas ilusões no regime dos Aiatolás, lutam em unidade de ação com
as forças do regime, com total independência política, para derrotar a
contrarrevolução que orquestra atos de sabotagem ao país!